O que é o Produto?
Falamos muito sobre as pessoas envolvidas no processo de desenvolvimento e maximização do valor, características, time, usuários, ferramentas e toda diversificação de técnicas para descobrir algo novo. Porém pouco é falado a respeito do que é o produto.
Quando observamos nossos usuários e seus problemas, é bem comum pensarmos em possíveis soluções para os seus problemas. Muito provavelmente, a resposta para tal solução será obtida através da criação de um novo produto e é justamente por isso que precisamos abordar esse assunto com muita atenção.
Neste post nós iremos abordar “O que é o Produto?” de um ponto de vista mais próximo do nosso dia a dia e mostrar como o Dono do Produto pode contribuir para sua construção e gestão. Vamos lá?
Definição
Antes de começar, precisamos compreender o significado de Produto. Segundo o dicionário, segue algumas definições que vão nos ajudar:
Aquilo que é produzido
Resultado da produção.
Resultado de um trabalho ou de uma atividade.
Aquilo que pode ser vendido no mercado através de de um determinado valor de troca
Assim como a própria definição, Produto é “aquilo que é produzido” ou o “resultado de um trabalho ou atividade”.
Qualquer serviço ou item que atende a uma necessidade, desejo ou resolve o problema de um usuário pode ser considerado um produto.
No que diz respeito ao desenvolvimento de Produtos baseado nos processos atuais, podemos definir como a “tangibilização” da proposta de valor. Ou seja, transformar uma necessidade que gera valor aos usuários (abstrato) em algo tangível.
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Tipos de Produtos
É muito comum associarmos um produto aquilo que tocamos, que vemos ou sentimos, como uma caneta, boneca, bola de futebol ou até um carro.
Entretanto, a tipificação de produtos vai muito além daquilo que vemos e sentimos, mas envolve qualquer entrega que resolve um problema ou necessidade. Alguns tipos e seus exemplos:
- Físicos: televisão, carro, caso, ferramenta, celular, notebook, lâmpada, etc..
- Serviços: serviço de dedetização, funilaria e pintura, manicure, consultoria, assistência técnica, reforma, etc..
- Eventos: desfile, show, congresso, apresentação artística, etc..
- Pessoas: Ronaldinho Gaúcho, Gabriel Medina, Daniel Godri, Mario Cortella, influenciadores digitais, etc..
- Locais: Veneza, Havaí, Maresias, Pernambuco, etc..
- Organizações: Greenpeace, Médicos de Cristo, ONU, OMC, FMI, etc..
- Digitais (não poderia faltar): e-book, curso online, workshop, jogos, podcasts, sites, softwares, aplicativos, etc..
Aspectos do produto
Algumas características do produto podem determinar, de maneira positiva ou negativa, como se posiciona em relação ao mercado, bem como a sua reputação e personalidade da organização.
Esses aspectos são:
- Aspectos tangíveis: aspectos tangíveis, tais como: Tamanho, Durabilidade, Cor, Modelo, Peso, Gastos Indiretos, Embalagem, Rotulagem, Limpeza, Variedade, Personalização e Design, etc..
- Aspectos intangíveis: Reputação, Capricho, Posicionamento (marketing), Marca, Instalação, Pós-Venda, Informações/Instruções, Manutenção, Garantias, Devoluções, Imagem e Status, Experiência do Usuário, etc..
Descobrindo o produto da sua empresa
Já deixamos bem claro que Produtos foram feitos para resolver problemas e entregar valor aos usuários. Sendo assim, este só terá sucesso se conseguir entregar o resultado esperado nas condições e qualidade esperada.
Quando falamos em descobri o produto da nossa empresa, a frase parece um pouco estranha. Porém, algumas organizações não conseguem entender qual o seu produto ideal ou em qual focar.
Seth Godin, escritor e ex CEO, disse algo muito bacana:
Não procure clientes para o seu produto – encontre produtos para os seus clientes.
Deste ponto de vista, podemos entender que um produto só faz sentido se tiver clientes (usuários) para ser utilizado. Um erro muito comum de muitas organizações é pensarem em soluções sem entender as reais necessidades de seus usuários.
O processo de pesquisa com usuários vai ajudar e muito no produto ideal, poderá gerar várias outras ideias e adequar perfeitamente às reais necessidades.
Ciclos de vida do Produto
O conceito de Ciclo de Vida do Produto (CVP), conhecido mundialmente e originalmente criado pelos processos clássicos de produção define que todo produto passa por este ciclo de vida. Vamos apresentar todas as fases e procurar ligá-las aos conceitos que o PO precisa saber e aplicar:
Desenvolvimento
Sendo a única fase que não é apresentada no gráfico do CVP, o desenvolvimento está ligado à ideação, ou seja, nesta fase não está oficialmente no mercado e ainda é considerado como um Projeto que pode ou não “dar certo”.
No que diz respeito ao processo de produção atual e seus artefatos, nesta etapa poderiam utilizar os conceitos de Design Think, Design Sprint e Project Values Canvas.
Introdução
Este é o momento em que a etapa de Desenvolvimento foi totalmente realizada e já é possível disponibilizá-lo para os potenciais clientes/usuários. É o momento de iniciar a divulgação pela área de marketing para que este alcance o conhecimento do público.
Aqui o Product Owner pode iniciar a validação do produto utilizando MVP (Minimum Viable Product) ou até uma Landing Page.
Crescimento
Uma vez validada a introdução do produto no mercado e já identificado o seu valor, é hora de investir no market share visando o crescimento e visibilidade, além da manutenção da ideia na mente dos consumidores.
Esta é a etapa onde se torna escalável e a estratégia aqui é a criação de incrementos a cada iteração (Metodologias Ágeis), além da priorização dos requisitos e Gerenciamento do Backlog do Produto.
O dono do Produto tem responsabilidade de buscar o crescimento escalável e rápido deste produto (Growth) da maneira mais eficiente e eficaz.
Maturidade
Este é o ponto mais alto em que um produto pode alcançar e, normalmente, as vendas alcançam seu máximo potencial. O PO tem a missão de mantê-lo em sua maturidade e se perpetuando o máximo possível.
Aqui a equipe de marketing junto ao Product Owner precisa analisar cada iteração entregue, o retorno de valor ao negócio, analisar indicadores e tomar as ações necessárias para crescer e chegar ao melhor ponto possível.
Declínio
Parece difícil acreditar, mas o Ciclo de Vida diz que todo e qualquer produto vai acabar um dia. Ainda que demore 10, 100 ou 1000 anos, esse número é impossível mensurar. Por isto, um dos grandes desafios do PO e da equipe de Marketing é conseguir perpetuá-lo por maior tempo possível.
Aqui todas as ações de Desenvolvimento, Introdução, Crescimento e Maturidade precisam ser colocadas em prática e revisadas constantemente visando novos mercados, públicos e estratégias inovadoras para o público atual.
E o que o Dono do Produto tem a ver com isso?
Como podemos visualizar, ainda que não aplicamos e conheçamos a fundo cada um dos pontos aqui citados, é possível perceber que todo o cuidado que o Product Owner tem com o produto, bem como as ferramentas, frameworks e conhecimentos são baseados no atingimento da maximização do valor agregado.
Sendo a tangibilização do valor de negócio, entendemos que a proposta de valor está dentro do Produto entregue.
Enquanto responsável pelo produto, o PO precisa utilizar de suas responsabilidades e habilidades para realizar uma boa Gestão do Produto durante todo o ciclo de vida (ideação, construção, crescimento e entrega).
Olá, boa tarde. Estou lendo todos os artigos dispostos e estou encontrando muita ajuda. Tenho procurado aprender sobre esse mercado, pois pretendo entrar para este mercado com PO. Como tem sido de muita ajuda para mim, gostaria de poder ajudar no mínimo.
Existe um erro de escrita aqui: “…Antes de começar, precisamos TER CLARAMENTE SABER o significado de Produto…”; logo no começo no tópico “Definição”.
Muito obrigado, Lucas.
Seu feedback é tão importante para mim quanto a sua ajuda.
O texto já foi alterado!