UX: User Experience e o que o PO tem a ver com isso

Com toda essa competição e centralização no usuário, nasceu um conceito importantíssimo para o desenvolvimento de Produtos: UX – User Experience (Experiência do Usuário).

Essa experiência que vai muito além de interfaces bonitas e entrega de valor vem sendo adotada por milhares de empresas de tecnologia, marketing, produção industrial, comércio, varejo, entre outros ramos.

 

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Neste artigo, vamos tratar sobre a definição da Experiência do Usuário, bem como os seus valores, princípios e centralização – e claro: A relação desta área ou deste profissional com o Dono do Produto.

imagem de escritório com diversos balões descritivos de designer escrito "User Exeperience" no centro

UX: User Experience e o que o PO tem a ver com isso

 

Mas o que é Experiência do Usuário?

User Experience é o que uma pessoa (usuário ou cliente) sente ao interagir com um produto ou serviço oferecido. Este conhecimento descreve o que esses usuários experimentam (de bom ou de ruim) quando interagem com a solução oferecida.

UX engloba tanto os pontos de contato do usuário com o produto, quanto a jornada deste usuário pela qual ele vai navegar até o objetivo final. Esta relação está vinculada à vivência na utilização e navegação do objeto oferecido.

A experiência do usuário é tudo aquilo que envolve a maneira como o usuário interage com o mundo ao seu redor. Isso envolve a relação com os canais, a vivência, utilização do produto e toda a relação a relação dos usuários com o produto independente da fase de de interação.

Quando você entra em uma loja qualquer, por exemplo, a experiência do usuário daquele comércio pode começar na disponibilização daquele serviço nos serviços de busca e informações no Google; pode ser vista na limpeza e atração da faixada do estabelecimento; no momento de boas vindas e recepção dos clientes; na distribuição dos corredores e placas informativas visando facilitar o produto encontrado; no momento de pagamento e finalização da compra e na sacolinha entregue ao final da compra. Todo esse processo (que envolve muito mais do que o exposto aqui) faz parte da boa, razoável ou péssima experiência que este consumidor terá.

 

O que não é User Experience

Compreender essa disciplina de User Experience não é uma tarefa fácil. Por conta disto, muitas empresas acabam se equivocando neste assunto e cometem alguns erros. Separamos os exemplos mais comuns para não confundirmos a sua definição:

  • UX não é sobre Interface: Apesar de fazer parte da experiência, o visual não é o centro da experiência.
  • Aplicada somente a Produtos Digitais: Conforme exemplo acima, a experiência ocorre em todos os contextos onde se tem o usuário interagindo com qualquer produto ou serviço sendo digital ou não.
  • Somente resultado positivo: A experiência sempre acontece! A questão é se estamos entregando algo agradável ou não.
  • UX não é trabalho de uma só pessoa: Apesar de existirem profissionais de UX e suas subespecificidades, essa disciplina deve ser pensada por todos aqueles que corroboram para a produção e entrega do produto ou serviço.

 

Os pilares da Experiência do Usuário

guarda chuva com simples apresentando os pilares de UX para cada aba

Os pilares da Experiência do Usuário

Criar uma boa experiência aos usuários não é uma tarefa fácil e precisa de estudo, preocupação e conhecimento de diversas áreas de conhecimento.

Para tal, vamos apresentar alguns pilares (há controvérsia) para construção e manutenção contínua Experiência do Usuário, dos quais:

  • Interface Visual: Assim como um bolo de aniversário, o primeiro contato que o usuário terá com o produto será a aparência e, por conta disto, é muito importante causar uma boa impressão de início.
  • Arquitetura da Informação: Informação é sempre útil, mas precisa estar no lugar certo. Lembre-se da prateleira e das placas informativas no exemplo da loja citado acima.
  • Designer de Interação: Não interagimos com alguém ou aquilo que não nos causa interesse.
  • Usabilidade: Aquilo que não serve para ser usado, cai em desuso.
  • Pesquisa de Usuário: Você não é seu usuário. Por isso, pergunte pra ele.
  • Conteúdo: Fale sobre você, gere notícias e cause interesse e curiosidade nas pessoas.

 

O Product Owner e a Experiência do Usuário

Chegamos até aqui com uma explanação breve sobre o que é Experiência de Usuário, algumas de suas disciplinas, conceitos e cuidados necessários. Agora vamos falar sobre a relação desta disciplina e deste profissional com o Dono do Produto – PO.

dois homens dando as mãos com sinal de apoio

O Product Owner e a Experiência do Usuário

Conforme já explicamos aqui sobre Product Owner suas principais responsabilidades, é possível identificar que este profissional é focado no Produto, onde todo o seu esforço está em como manter esse produto o maior tempo possível no mercado e como entregar o maior valor de negócio possível.

Deste ponto de vista, é imprescindível que o PO “use o chapéu” de UX para compreender bem os reais desejos e necessidades de seus usuários e ramos de negócio a qual está situado, buscando proporcionar a melhor Experiência possível que estes usuários podem ter.

Em minha experiência como PO, pude comprovar que UX realmente não é só para Designers, mas também para todos os envolvidos na construção de um produto onde o foco final é entregar valor do produto ou serviço entregue para o usuário. E isso o Product Owner precisa estar ciente.

 

O Dono do Produto trabalhando com o Profissional de UX

Em um modelo bem estruturado (normalmente ágil), onde todos os papeis e responsabilidades estão bem definidos, a relação do PO e UX é super bem vinda e importante para o sucesso do resultado final.

Neste modelo, a relação destes dois profissionais é bastante próxima e o sucesso vai depender do resultado final do trabalho em conjunto:

  • O Product Owner compreende as necessidades com a área de negócio ou com os usuários do produto ou serviço juntamente com o UX;
  • O(s) profissional(is) de UX ajuda na elaboração de pesquisas para fase de ideação;
  • O PO Gerencia o Backlog do Produto de acordo com a saída obtida na extração do público alvo e personas;
  • O(s) profissional(is) de UX elaboram propostas de soluções em conjunto com o PO, do qual prioriza o Backlog gerenciável, de modo que seja pensado no maior valor de negócio possível;
  • Ao término de cada iteração, ambos os profissionais observam o resultado obtido do Produto entregue e o comportamento dos usuários, adaptando a estratégia se necessário.

 

O Dono do Produto trabalhando como um UX

No cenário em que o Product Owner não tenha um parceiro de UX no time de desenvolvimento ou como um Host, precisará ter um pensamento mais criativo e mais focado nessa experiência.

Aqui, o PO terá mais trabalho em algumas disciplinas, porém colher bons insights com as suas expertises:

  • O PO busca a compreensão do problema e solução junto aos usuários ou área de negócio;
  • Precisará usar ou aperfeiçoar conhecimentos em pesquisa de interesse;
  • O resultado desta análise servirá de insumo para o Backlog do Produto, do qual já será pensando e priorizado à medida em que as respostas da pesquisa estiverem mais claras;
  • A proposta de solução ficará menos clara no primeiro momento, dando mais força ao time de desenvolvimento quanto ao desenho da solução;
  • Ao término de cada iteração, observa a resposta dos usuários quanto ao Produto entregue, adaptando a estratégia se necessário.

Conclusão

Podemos concluir que a experimentação do usuário com o Produto traz a ele uma experiência de uso, de modo que essa interação pode ser boa, razoável ou péssima para quem o utiliza.

Nesse estudo foi possível perceber que o papel de prover uma experiência que agradável não está somente no profissional de UX, mas de todos os envolvidos com o resultado do Produto final, dos quais compartilham um objetivo e visão coletivo sobre seu uso.

“A experiência não é simplesmente o que vemos, mas sim o que sentimos ao interagir com algo!”

Bruno Cardoso

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