Metodologia Ágil: O que é e os Tipos
A cada dia que passa, a Metodologia Ágil vem ganhando destaque e força no mercado e já é a principal referência no desenvolvimento de Produtos. Os variados tipos de metodologias oferecem cada dia mais opções para as organizações e times.
Neste artigo vamos mostrar a história e a definição da Agilidade, bem como os tipos de métodos ágeis mais conhecidos no mercado.
O que é Metodologia Ágil?
Se por um lado o modelo tradicional de projetos se dividia em etapas totalmente definidas, complexas, cumpridas e sem muitas possibilidades de alterações e/ou tomadas de decisões após o seu início, por outro, os métodos ágeis permitem a medição do produto entregue em partes e/ou fatias.
Por definição, “Agilidade é a capacidade de executar movimentos rápidos e ligeiros, como mudanças nas direções ou destreza para fazer algo de forma veloz.”.
Existe um grande equívoco em dizer que os métodos ágeis estão relacionados ao desenvolvimento rápido de produtos. A sua principal característica é a capacidade de executar movimentos rápidos, realizando mudanças nas decisões tomadas de maneira eficaz e veloz.
Além disto, as práticas ágeis já provaram que podem ajudar as empresas a atingirem o seu valor de Produto muito rápido.
História
Era Fevereiro de 2001. A Microsoft estava prestes a lançar o poderoso Windows XP, faltavam 3 anos para o lançamento do Facebook e do Orkut. Por outro lado, já se faziam 31 anos desde que o modelo cascata de desenvolvimento de Produtos havia sido proposto por Royce.
Nesta data, 17 profissionais que praticavam algum tipo de agilidade no desenvolvimento de Produtos complexos se reuniam para criar o que seria chamado de Manifesto Ágil. Dentre os diversos objetivos e opiniões em comum, a principal ideia daquela reunião seria dar início um “grito de guerra” simples, claro e de fácil definição aqueles que aderirem ao modelo ágil de desenvolvimento.
Nesta reunião foram definidos quatro valores ágeis, dos quais:
- Indivíduos e interação entre eles mais que processos e ferramentas;
- Software em funcionamento mais que documentação abrangente;
- Colaboração do cliente mais que negociação de contratos;
- Responder a mudanças mais que seguir um plano.
Os Pilares dos Métodos Ágeis
As metodologias ágeis são normalmente baseadas no processo empírico de desenvolvimento, onde o conhecimento adquirido nasce da tomada de decisões naquilo que é conhecido, ou seja, na experiência do trabalho já realizado, transparência a todos os envolvidos e na adaptação do modelo de trabalho.
Os pilares dos métodos ágeis representam muito bem a estrutura necessária o bem andamento do Projeto:
- Transparência – Este pilar mostra que as informações relevantes sobre o Projeto devem estar facilmente disponíveis a qualquer momento aos interessados, desenvolvedores ou qualquer outro envolvido na criação do Produto.
- Inspeção – As pessoas envolvidas devem, frequentemente, inspecionar o trabalho realizado em direção ao objetivo do Produto, tendo a possibilidade de detectar alguma variação não esperada e realizar possíveis tomadas de decisões.
- Adaptação – A partir da transparência das informações relevantes e da inspeção frequente do Projeto, é possível realizar algum ajuste no caminho a seguir realizando as mudanças necessárias para não se perder o objetivo da entrega.
Tipos de Métodos Ágeis
Os métodos ágeis vem se expandindo há muito tempo e, por conta disto, muitas metodologias foram difundidas através de todos os conceitos de desenvolvimento ágil de Produtos complexos. Dentre as principais metodologias ágeis, temos:
- Scrum – Sendo o principal framework ágil do mercado, seu modo de entrega é interativo e constituído, basicamente, por Papéis, Artefatos e Eventos.
- Kanban – Kanban é um método de gestão focado no valor de negócio entregue. Diferentemente do que falam, Kanban não é apenas um quadro, mas fornece uma visualização constante da visibilidade do produto a ser entregue em cada etapa do processo.
- XP – Programação extrema (eXtreme Programming), é conhecido pela contínuo acompanhamento do Projeto e também pela entrega de pequenas partes até a formação do Produto completo. O XP é fundamentado em 5 pilares básicos, dos quais são: comunicação, simplicidade, feedback, coragem e respeito.
- Lean Startup – Este último (e não menos importante) é normalmente utilizado por empresas que estão iniciando uma nova ideia – inclusive Startups – devido ao modelo enxuto no desenvolvimento com foco na validação da ideia e confirmação de hipótese.
E o que o Dono do Produto tem a ver com isso?
Muito! O Dono do Produto tem um papel fundamental nas metodologias ágeis, pois ele deve trabalhar com o Scrum Master (no caso do Scrum) procurando apoiá-lo na remoção de impedimentos da equipe e resposta às duvidas. Já com o Time Ágil, o Product Owner tem a responsabilidade de deixar claro, transparente e disponível todas as informações necessárias para que o Produto alcance o seu objetivo final ao término de cada iteração.
O Dono do Produto é o principal responsável pela maximização do valor agregado entregue em cada iteração e deve auxiliar o time de desenvolvimento a alcançar tal valor do mercado, fazendo com que a metodologia (seja ela qual for) funcione de acordo com o esperado da fase de concepção até as entregas parciais.
Segundo o site Knowledgehut:
“A responsabilidade do Dono do produto é focar no sucesso do produto, criar um produto que funcione melhor para os usuários e clientes e criar um produto que atenda aos requisitos de negócios.”
Conclusão
Em um mundo em que o tempo é cada dia mais importante e escasso, é extremamente importante escolher uma boa maneira de selecionar a melhor forma de trabalho, buscando alcançar a excelência no resultado final, evitando desperdícios e reparando os erros o mais breve possível.
Desta forma, entendemos que as Metodologias Ágeis são ótimas escolhas na hora de selecionar um modelo de desenvolvimento de Produtos, pois já provaram que a sua utilização entrega produtos de uma forma mais inteligente, hábil e eficaz.
Muito bom!!